XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira
No âmbito da programação da XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira (BIAC), a Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) promove um Ciclo de Conferências Internacionais. O ciclo de conferências organiza duas mesas redondas e uma conferência internacional. Recuperando o tema da XXIII BIAC, És livre? convidamos um grupo de personalidades para participar em formato de mesa redonda e para discutir vários temas transversais à missão da FBAC - «Arte, educação e comunidade» e «Igualdade, cooperação e memória». As mesas redondas ocorrem em dois períodos, 27 de abril de 2024 e 10 de agosto de 2024.
O encerramento do ciclo de conferências será a 23 de novembro de 2024 com a realização de um Congresso Internacional onde se convoca a comunidade académica e artistas a apresentarem propostas de investigação que cruzem a produção e programação artística com a temática da XXIII BIAC. Neste sentido, a FBAC propõe-se convocar outros olhares – de artistas, curadores, colecionadores e de outras estruturas de pensamento, criação e programação – para pensar a Liberdade no período que atravessamos.
27 de Abril de 2024
16h00 | Mesa redonda “ARTE, EDUCAÇÃO E COMUNIDADES” |
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Sandra Barros, burilar | |
Marisa Adegas, Museu do Douro | |
Manuel Santos Maia, Universidade Lusófona | |
Matilde Seabra, Galeria Municipal do Porto | |
Mafalda Santos, FBAC, ESE-IPVC | |
Moderação: João Duarte, FBAC, CITCEM-FLUP, IACOBUS-USC | |
17h30 | Conversa com o público |
18h00 | Encerramento |
Nasceu no Porto, vive em Guimarães. Licenciou-se em Estudos Teatrais — Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE). Ao longo do seu percurso profissional desenvolveu trabalho em diferentes áreas teatrais - interpretação, encenação, dramaturgia e produção. Foi docente do curso de Teatro da ESMAE entre 2006 e 2012 e professora de teatro no 1º e 2º ciclos. Integrou a equipa do Serviço Educativo d'A Oficina, em Guimarães, entre 2012 e 2018. Desenvolveu diferentes formações teatrais para públicos distintos - crianças, jovens e adultos. Em 2018 cofundou a Burilar com a qual tem desenvolvido diferentes projetos de cruzamento artístico e apresentado leituras encenadas dirigidas a crianças e jovens em diferentes pontos do país e em diferentes contextos. Prefere o trabalho em equipa, mas fica bem sozinha. É mãe de duas crianças pequenas e acredita que a maternidade é um trabalho permanente de mediação. Conduz veículos com mais de três rodas e até 7 lugares. Ainda que ligada sobretudo às artes performativas, gosta pouco de falar sobre si.
Trabalha na equipa do serviço educativo do museu do douro. Nesta ação destaca a criação e orientação de atividades para públicos diferenciados e a implementação e acompanhamento do Histórias Incompletas, 2021-2022, projeto que assentou na dinamização do tecido associativo e de coletivos em territórios de baixa densidade populacional, em contexto em 5 concelhos da Região Demarcada do Douro - e do Projeto “BIOS – Biografias E Identidades” 2013-2017 – Criação de Oficinas de artistas em contexto nos municípios do Douro e Trás-os-Montes, em parceria com a Fundação EDP. Desenvolve uma especial atenção para a produção de publicações artesanais. Aprofunda a sua ação com a participação em workshops e em diferentes aéreas com especial relevo para o movimento, teatro, escrita, som, arquitetura, arquitetura paisagista. Trabalha no Museu do Douro com vários artistas como Artur Matos, Marina Nabais, Joana Providência, Inês Vicente, Rafaela Santos, Fernando Giestas, Frederico Serrano, Paula Preto, Rodrigo Malvar, Matilde Seabra, Ana Limpinho e Carla Correia. Tem o Curso de Iniciação ao Teatro - Corpo, Movimento e Voz e Criação do Espetáculo no Lugar Presente, Viseu (2011-2013). Tem a licenciatura em História em 1999, Coimbra e foi professora no ensino público de 1999-2003. Faz trabalho de voluntariado na Associação Bagos D’Ouro, Projeto Mentores e é membro da Assembleia de União Freguesias de Peso da Régua e Godim.
Nasceu em Nampula, Moçambique, em 1970. Vive e trabalha no Porto. Licenciado em Artes Plásticas - Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Doutorando no Doutoramento em Artes Plásticas e Artes Visuais “Modos de Conhecimento na Prática Artística Contemporânea” pela Universidade de Vigo. Enquanto artista, Manuel Santos Maia expõe regularmente desde 1999. A sua obra foi apresentada em diferentes países como Inglaterra, França, Estados Unidos, Bélgica, Espanha, Noruega, Brasil, Macau e Argélia. No projecto “alheava”, Manuel Santos Maia cruza a noção de documento com a experiência individual e familiar, para alcançar uma espécie de ‘memorabilia’ colectiva, enquanto espelho antropológico que nos liga a todos pelo filtro de uma ‘intimidade documentada’. Enquanto curador comissariou várias exposições individuais e coletivas em espaços alternativos e institucionais no Porto e Lisboa mas também em Faro, Braga, Guarda e Elvas. Organizou ciclos de cinema e mostras de performance. Desde 1998 tem organizado debates, conversas, conferências com criadores de diferentes áreas artísticas, curadores, artistas-comissários, críticos e historiadores. Dos vários projetos curatoriais destacam-se: três edições da Bienal da Maia de 2015, 2021 e 2023, no Fórum da Maia; três exposições na Galeria Municipal (2014, 2018, 2019) ou no Cinema Batalha. Diretor artístico do Espaço CAMPANHÃ (2008-2009) e do Espaço MIRA (desde 2013). Integrou a equipa do Serviço Educativo do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves (2000-2020). Integrou a equipa do Serviço Educativo da Culturgest Porto. Implementou os serviços educativos do Centro de Arte e Museu Municipal da Figueira da Foz, do projeto Terminal em Oeiras entre outros. Foi docente na Escola Superior Artística do Porto e no Balleteatro, no Porto. Atualmente é docente na Universidade Lusófona do Porto.
Matilde Seabra é arquiteta, nos últimos anos implementou e dirigiu programa culturais e de mediação, em arte contemporânea e arquitetura para instituições públicas e privadas, em realidades geográficas e habitada por comunidades diversificadas. Em coautoria com artistas e pensadores, desenhou projetos culturais construídos coletivamente a partir das especificidades de cada lugar. Matilde acredita que a erudição se encontra na intersecção do conhecimento académico e do saber popular. Em 2012 funda a Talkie-Walkie, uma empresa dedicada a desenvolver programas de curta e longa duração para o reconhecimento e literacia do território para uma maior consciencialização de quem o habita. Atualmente coordena o ping! Programa de Incursão à Galeria e os Programas Públicos da Galeria Municipal do Porto (Direção de Arte Contemporânea da CMP – Ágora E.M.). Iniciado há quatro anos, este projeto educativo tem vindo a implicar artistas e pensadores com públicos (escolar e não escolar), para pensar arte, ecologia ou politicas alimentares, a partir da botânica dos Jardins do Palácio de Cristal; para dar visibilidade a narrativas mais inclusivas da história da humanidade, a partir do legado da Primeira Exposição Colonial datada de 1934; e a contribuir na divulgação da comunidade artística do Porto, com a organização de visitas a atelier e espaços geridos por artistas.
Mafalda Santos (Porto, 1980), vive e trabalha em Vila Nova de Cerveira desde 2018. É artista plástica, curadora e programadora. Licenciada em Pintura na Faculdade de Belas Artes do Porto em 2004, com grau de especialista em Belas-Artes, Pintura. Professora de Artes Plásticas e Tecnologias Artísticas na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Mantém um percurso expositivo em Portugal e no estrangeiro desde 2001, de que se destacam as exposições “Histórias de um coleção” na Fundação Calouste Gulbenkian , em 2023; “Variations Portugaises”, no Centre d ´Art Contemporain Meymac, France, em 2026; “Portugal Agora, A Propos des Liex d’Origine” no MUDAM Centre D’art Moderne Gran-Duc Jean, Luxemburgo, em 2008; e “Café Portugal” exposição coletiva, uma iniciativa da Presidência da República, em Évora, Bratislava e Ponta Delgada, entre 2008 e 2009. Em 2007/2008, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), realizou a residência artística Location One, em Nova Iorque., foi selecionada para o Prémio EDP Novos Artistas 2007 e em 2005 para a exposição “7 artistas ao 10º mês” na Fundação Calouste Gulbenkian. O seu trabalho encontra-se incluído nas colecções portuguesas de António Cachola, das Fundações EDP e Ilídio Pinho, Grupo RAR, Fundação PLMJ, Fundação Calouste Gulbenkian, Câmara Municipal de Lisboa e Câmara Municipal do Porto e na Coleção de Arte do Estado e em diversas coleções privadas nacionais e estrangeiras. Entre 2002 e 2007 foi co-diretora do espaço independente PêssegoPráSemana, no Porto. Entre 2013 e 2018, geriu o programa de residências artísticas Moinho da Fonte Santa no Alentejo, em Alandroal. É responsável com Susana Gaudêncio pelo projeto Pessoa Colectiva, na organização de eventos e exposições desde 2012. Atualmente faz parte da Equipa curatorial e de programação da Fundação Bienal de Arte de Cerveira. www.mafaldasantos.pt
10 de Agosto de 2024
Cláudia Varejão nasceu no Porto e estudou realização no Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com a German Film und Fernsehakademie Berlin e na Academia Internacional de Cinema de São Paulo. Estudou ainda fotografia no AR.CO Centro de Arte e Comunicação Visual em Lisboa. É autora da triologia de curtas-metragens Fim-de-semana, Um dia Frio e Luz da Manhã. Ama-San, retrato de mergulhadoras japonesas, foi a sua estreia nas longas metragens, recebendo dezenas de prémios em todo o mundo, seguindo-se No Escuro Do Cinema Descalço Os Sapatos e Amor Fati. Lobo e Cão, o seu mais recente filme, estreou no 79º Festival de Veneza e recebeu o prémio máximo da secção Giornate Degli Autori. Os seus filmes têm sido selecionados e premiados pelos mais prestigiados festivais de cinema, passando por Locarno, Roterdão, Visions du Reel, Cinema du Reel, Karlovy Vary, Art of the real - Lincoln Center, Bienal de Veneza, entre muitos outros. A par do seu trabalho como realizadora desenvolve um percurso como fotógrafa e tem sido convidada a dar aulas e workshops em diversas escolas de Cinema e Arte. O seu trabalho, tanto no cinema como na fotografia, documentário ou ficção, vive da estreita proximidade com as pessoas retratadas.
Museóloga e Gestora Cultural. Diretora Municipal de Administração e Planeamento e Modernização Administrativa da Câmara Municipal de Loulé com a responsabilidade na área da Cultura (desde Dezembro 2017). Coordenadora municipal do aspirante Geoparque Algarvensis. Diretor artística do Cineteatro Louletano. Comissária do Programa “365 Algarve”, integrou o gabinete do Secretário de Estado da Cultura (2016-2017). Dirigiu o Museu Municipal de Loulé e foi Diretora de Departamento de Desenvolvimento Humano e Coesão e Chefe de Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal de Loulé, entre 2014 e julho de 2016. Presidente da Assembleia Geral da Acesso Cultura (2022/2025). Presidente da Direção da Acesso Cultura no triénio 2016/2022. Vice-Presidente da Direção da Comissão Nacional Portuguesa do ICOM no triénio 2017/2020. Mestre em História da Arte Portuguesa pela Universidade do Algarve. Pós-graduada em Arqueologia Romana e Licenciada em História Variante de Arqueologia pela Universidade de Coimbra. Parte curricular do Doutoramento em Museologia 2007/2009 concluída. Foi diretora Regional de Cultura do Algarve de 2009 a 2013. Foi Diretora do Museu Municipal de Faro (2002 a 2009) e Diretora da Revista MUSEAL de 2006 a 2009. Foi uma das ideólogas e fundadoras da Rede de Museus do Algarve (2007) e da Rede AZUL, de Teatros do Algarve (2016). Assistente convidada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade do Algarve desde o ano letivo de 2021/2022.
Nasceu em 1986 em Cangas do Morrazo (Pontevedra, Galiza, Espanha), Paula Cabaleiro é Coordenadora da Comissão de Políticas Culturais do Consello da Cultura Galega. Foi diretora de Cultura da Deputación de Pontevedra (entre maio de 2020 e dezembro de 2023), diretora do museu MAC Florencio de la Fuente em Huete (Cuenca, Espanha, 2015-2020), curadora do Espaço de Arte Culturgal (até 2019), codiretora da feira de arte Cuarto Público, Santiago de Compostela (2013-2016) e coordenadora do programa de residências artísticas Estudio Aberto da Red Museística Provincial y Diputación de Lugo (2013-2016). É membro do conselho de administração dos Premios de la Crítica de Galicia (desde 2016) e membro do Consello da Cultura Galega (desde 2019), onde dirige e coordena múltiplas conferências de reflexão. É licenciada em Belas Artes pela Universidade de Vigo (UVigo), mestre em Arte Contemporânea, Museologia e Crítica pela USC e pelo CGAC, e mestre em Educação pela Uvigo. Sempre ativista e envolvida na igualdade de género, desde 2015 promoveu e comissariou um programa de ações artísticas feministas em espaços públicos de performance, artes performativas, música, dança, poesia e intervenção mural com a Diputación de Pontevedra: "Mulleres en acción: Violencia Zero". Defensora da cultura acessível e participativa, inclusiva e sustentável, promoveu e dirigiu ao longo da sua carreira múltiplos programas artísticos participativos com diferentes entidades como "Do Camiño vivido" (Diputación de Coruña), "CreaVigo" (Concello de Vigo) ou "Somos rúa, facemos arte" (Concello de Carballo), destacando-se especialmente o recente "Mulleres extramuros", da Diputación de Pontevedra, em colaboração com os municípios de Silleda e As Neves. De referir, ainda, a sua participação no projeto "Nosotras en Red", levado a cabo pelo Museu Thyssen-Bornemisza em colaboração com a Rede de Museus de Lugo (2015-2017).
Doutora em Ciências da Comunicação (ICS – UMinho), com tese sobre a Curadoria enquanto processo de comunicação da Arte Contemporânea; mestre em Comunicação Arte e Cultura (ICS – UMinho); frequentou a especialização em Museologia (FLUP) e a pós-graduação em Gestão das Artes (UCP, Porto); licenciada em História da Arte (FLUP). Professora Convidada na Escola Superior de Design do IPCA, desenvolve a sua atividade profissional como gestora cultural, curadora, professora e investigadora em práticas e políticas culturais e artísticas contemporâneas. É, desde janeiro de 2017, diretora-geral e curadora da zet gallery, Braga, vinculada ao dstgroup. Neste contexto, assinou a curadoria e organização de todos os projetos da galeria, bem como expandiu o seu raio de ação para a curadoria de obras de arte e de programação para espaço público, ampliando, também, as suas competências do ponto de vista da gestão. Iniciou a sua atividade profissional em 2007 na Bienal Internacional de Arte de Cerveira, entidade onde exerce atividade como curadora independente, tendo sido a primeira Diretora Artística mulher, em 2022, da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira. Coordenou o serviço educativo do World of Discoveries (2013-2016). Foi diretora executiva do Tempos Cruzados, área de programação de Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura (2010-2014). Tem larga experiência em estudos de coleções, produzido e publicado extenso trabalho crítico sobre arte e artistas contemporâneos, onde se incluem catálogos e outros resultados de investigações mais profundas sobre artistas e contextos de curadoria. Fez a coordenação editorial de dezenas de catálogos e livros sobre arte e artistas. Foi eleita, em novembro de 2023, membro externo cooptado do Conselho Geral da Universidade do Minho, o órgão colegial máximo de governo e de decisão estratégica da instituição.
Nuno Resende (Cinfães, 1978) é professor no Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Doutor em História de Arte Portuguesa (2012), mestre em Estudos Locais e Regionais (2005) pela Universidade do Porto e licenciado em História (2001) pela Universidade do Minho. Tem investigação publicada nas áreas de História e História da Arte, Arte Religiosa, História da Fotografia, História das Populações e Micro-História, Paisagem e Território e Metodologia aplicada à análise de Fontes Históricas. Experiência de curadoria e comissariado de exposições e projetos museológicos. Desenvolve actividades de interpretação e mediação patrimonial. É presentemente membro da Comissão de Toponímia Municipal do Porto.
16h00 | Mesa redonda “IGUALDADE, COOPERAÇÃO E MEMÓRIA” |
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Cláudia Varejão, realizadora | |
Dália Paulo, Universidade do Algarve, Câmara Municipal de Loulé | |
Helena Mendes Pereira, IPCA, FBAC, zet gallery | |
Paula Cabaleiro, Coordenadora da Comissão de Políticas Culturais do Consello da Cultura Galega | |
Nuno Resende, CITCEM-FLUP | |
Moderação: João Duarte, FBAC, CITCEM-FLUP, IACOBUS-USC | |
17h30 | Conversa com o público |
18h00 | Encerramento |
23 de Novembro de 2024
As pessoas são abandonadas pelo sistema educativo que renunciou à educação liberal da arte e das humanidades, a uma educação espiritual e moral que permita ao individuo tornar-se uma pessoa de carácter. A educação curvou-se perante os ditames do que é útil às empresas e ao Estado. As pessoas são abandonadas pela elite do mundo dos negócios, a que exerce maior influência na nossa democracia capitalista. Essa elite envenenou a sociedade com a ideia de que ganhar muito dinheiro é a coisa mais importante na vida.
A XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira (BIAC) lança a pergunta És Livre? convidando artistas e pensadores a refletir em torno do tema da liberdade, problematizando questões associadas aos valores democráticos conquistados na Revolução de Abril de 1974 e nos quais se alicerça o legado histórico e cultural erigido pela Bienal Internacional de Arte de Cerveira, cuja origem remonta a 1978.
O Ciclo de Conferências Internacionais, procura trabalhos de investigação e propostas de investigação artística que possam refletir sobre o presente e fazer eco das principais questões da contemporaneidade, na afirmação dos valores da liberdade, igualdade, diversidade e representatividade de minorias, promovendo a criação artística contemporânea como fator de empoderamento dos cidadãos e do território.
A Fundação Bienal de Arte de Cerveira, no âmbito da programação da XXIII BIAC, cujo tema central é a Liberdade, propõe-se convocar outros olhares – de artistas, curadores, colecionadores e de outras estruturas de pensamento, criação e programação – para pensar a Liberdade no período que atravessamos. ÉS LIVRE? é a pergunta dirigida diretamente a todas as comunidades e públicos, assumindo como estratégia a reunião de novos olhares sobre coleções e criações para pensar a Arte e a Liberdade
Convidamos à apresentação de trabalhos de investigação e propostas de investigação artística, originais, que reflitam sobre Arte e Liberdade na contemporaneidade.
Call for papers e Call for Artists
01 de julho a 31 de agosto 2024
Envio dos textos finais/ memórias descritivas dos projetos artísticos para publicação online
03 de novembro de 2024
Data da conferência
23 de novembro de 2024
Todas as pessoas interessadas em participar nesta conferência pode enviar um resumo da sua proposta ajustada ao tema até às 23h59 do dia 31 de agosto de 2024 através do formulário eletrónico.
Deve incluir as seguintes informações:
Os idiomas admitidos são o Português, Inglês e Castelhano.
Cada autor não pode apresentar mais do que duas propostas de comunicação.
A proposta deve conter pelo menos duas imagens do trabalho (desenho, esboço, fotografia ou outro elemento gráfico) e memória descritiva com um máximo de 500 palavras.
Nota: os projetos artísticos selecionados são expostos no decurso da conferência sendo os seus autores responsáveis pelo transporte e recolha das obras. A FBAC presta apoio técnico à instalação das obras no contexto da conferência.
Os textos finais devem seguir as normas e o estilo da APA – American Psychological Association, Times New Roman, 12, para o corpo de texto. As notas de rodapé, Times New Roman, 10.
Os textos têm como limite máximo 5000 palavras incluindo notas e referências e até um máximo de 10 imagens.
O texto final para publicação deve ser enviado até ao dia 31 de outubro de 2024 para o correio eletrónico museu@bienaldecerveira.pt.
i2ADS-FBAUP
CECS-UM; IPCA
CECS-UM
CITCEM-FLUP; IACOBUS-USC
dx5-UV
IACOBUS-USC
IPVC
CITCEM-FLUP
Helena Mendes Pereira
João Duarte
Lídia Portela
Mafalda Santos
Joel Mota
Manuel Loff (Porto, 1965). Professor Associado do Departamento de História e Estudos Políticos e Internacionais da Universidade do Porto (Portugal), e investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, coordenando a linha de investigação "Histórias Conectadas: Construção do Estado, Movimentos Sociais e Economia Política", em estreita colaboração com vários investigadores de Portugal, Espanha, França e Brasil. Doutoramento em História e Civilização (2004) pelo Instituto Universitário Europeu (Florença), Mestrado em História Contemporânea (1993) pela Universidad Nacional de Educación a Distancia (Madrid).
Os seus principais interesses de investigação centram-se na História Política, Social e Ideológica do século XX (Fascismo e Neofascismo, Colonialismo, Relações Internacionais e Educação), nos Estudos da Memória e nas transições autoritárias do século XXI através da securitização. Atualmente, tem como objeto de estudo os novos autoritarismos, a extrema-direita e o neofascismo do século XXI; as transições democráticas nas décadas de 1960 e 1970 numa perspetiva internacional comparada; e as formas sociais de (re)construção da memória coletiva sobre a colonialidade e as transições políticas. Nesta área de investigação, liderou um projeto de investigação sobre "Estado e memória: políticas públicas memoriais sobre a ditadura portuguesa (1974-2009)" (PTDC/HIS-HIS/121001/2010), com investigadores de Portugal, Espanha, Itália e França, e participou em vários projetos de investigação internacionais financiados por instituições espanholas e europeias.
Organizou vários eventos académicos nacionais e internacionais, foi curador de uma exposição nacional (sobre Construção da democracia e resistência anti-autoritária, 1890-1974), e trabalhou com muita frequência em universidades e unidades de investigação espanholas (é membro do Centre d'Estudis sobre Dictadures i Democràcies, CEDID). É avaliador da Agencia Estatal de Investigación (Espanha), da Fundação para a Ciência e Tecnologia (Portugal) e frequentemente da École d'Hautes-Études Ibériques (Casa de Velázquez, Madrid), secção "Temps Présent" e "Histoire contemporaine". Faz peer review para diferentes revistas científicas (Análise Social, Ayer, Pasado y Presente, entre várias outras) e editoras (Oxford UP, etc.). Tem uma coluna regular no jornal Público (Lisboa).